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| fonte:lazeresportes.com |
A sociedade esportiva Palmeiras é um clube gigantesco do futebol brasileiro, sendo protagonista de páginas belíssimas do esporte mais amado no Brasil, tendo formado grandes times ao longo dos seus 97 anos de fundação. Quem não lembra da academia de futebol dos anos 60 e 70, time de Ademir da Guia, Leivinha, Luís pereira, Oberdan, César maluco, ou então, o time dos anos de 93 e 94, que era uma verdadeira Seleção comandada por Wanderlei luxemburgo, sendo bi-campeão brasileiro naqueles anos e dominando praticamente todo o ínicio da década de 90. Posso citar também outros dois grandes esquadrões palestrinos: o time fantástico de 96, conhecido pelo ataque dos 100 gols, que tinha na sua linha de frente nomes como: Muller, Rivaldo, Djalminha, Luizão e para finalizar, você que é um torcedor mais jovem, deve lembrar do último grande time formado pelo Palmeiras, o de 1999, comandado por Luís Felipe Scolari, Felipão, e que conquistou a taça Libertadores daquele ano. Esse time marcou o final de uma era, a chamada “era Parmalat”, talvez a parceria mais vitoriosa de todos os tempos do futebol brasileiro. A empresa italiana de lacticínios e o clube paulista, marcaram uma época no futebol brasileiro que durou quase toda a década de 90, com muitos títulos e alegrias para o torcedor alvi-verde e que transformaram o Palmeiras em um clube temido e respeitado pelos seus rívais.
Como vocês puderam observar, a breve história do Palmeiras que acabei de descrever é feita de títulos, grandes jogadores e soberania em certos momentos do futebol brasileiro. Mas também essas grandes fases palmeirense tem uma explicaçao, tirando a fantástica fase da academia alvi-verde nos anos 60 e 70, o palmeiras só conseguiu atuar de forma competitiva no cenário do futebol quando esteve sob a batuta da parmalat e a relação era exatamente essa, não me refiro a uma co-gestao, ou seja, uma pareceria tradicional, onde o clube e a empresa participam de forma igualitária dos lucros, na venda e contratação de jogadores. A parmalat comandava o futebol do Palmeiras, investindo seu capital, trazendo grandes nomes para o clube, porém, quando esses jogadores eram vendidos, o Palmeiras não lucrava absolutamente nada, sendo assim, o clube não possuia nenhum capital de giro e não possuia meios para andar com suas próprias pernas, apesar do sucesso e dos títulos, o Palmeiras se via naquela situação como uma espécie de refém da empresa italiana. Outra grande falha dessa parceria, foi a falta de um investimento nas categorias de base, fator sempre importante nas finanças de qualquer clube do Brasil, tenho que registrar que o Palmeiras jamais em sua história se dedicou de fato a revelação de jogadores, tendo se notabilizado ao longo do tempo por ser um clube muito mais comprador do que revelador de talentos, característica essa que sempre prejudicou o Palmeiras com relação aos seus rívais que sempre tiveram uma politica bem diferente ao clube do Palestra.
A parceria com a Parmalat terminou no ínicio dos anos 2000 e desde então o Palmeiras mudou totalmente a sua política, principalmente no que se refere a contratações de jogadores, o que antes eram verdadeiros esquadrões, grandes nomes do goleiro ao ponta-esquerda, hoje são times medíocres, com os chamados jogadores “bons e baratos”, como adorava dizer o ex-presidente, uma das piores figuras que já passou pelo palestra Itália, Mustapha Contursi. Foi com essa nova política aplicada por esse cartola, que o Palmeiras viveu seu momento mais triste em toda a sua história quase centenária, o rebaixamento para a segunda divisão do futebol brasileiro, no ano de 2002.
A política do Palmeiras é um capítulo a parte, o clube alvi-verde talvez seja o mais instável politicamente entre todos no Brasil, tendo vivido recentemente sob um regime ditatorial do Mustapha Contursi e hoje em dia vive em constante ebulição com brigas entre membros de sua diretoria, por uma discussão eterna entre a situação e a oposição do clube. O grande problema nisso tudo, é que essa instabilidade política que vive o Palmeiras a pelo menos 10 anos, é refletida diretamente no time dentro do campo, não há um anteparo, alguém que blinde os jogadores para que eles não sofram os efeitos desses problemas extra-campo.
Atualmente o time é comandado pelo Felipão, protagonista da última glória do clube, a taça libertadores de 1999. Talvez seja por esse feito do treinador, que a diretoria palmeirense seja capaz de desembolsar a bagatela de 700 mil reais por mês, para ele realizar esse “belíssimo trabalho” que vem sendo desenvolvido até agora, que faz o Palmeiras está na posição “gloriosa” de décimo quinto lugar na classificação geral do campeonato brasileiro de 2011. Mas, talvez os dirigentes palestrinos achem correto pagar tanto ao Felipão, para ele treinar um time onde os craques são: o mediano jogador chileno Valdívia, supervalorizado pelos torcedores, pela mídia, alçado a um patamar de super craque que ele jamais alcançou em sua carreira. O gladiador kleber, como foi apelidado esse medíocre jogador, só encarna realmente essa sua alcunha quando é para forçar a barra para sair do clube que defende, foi assim no Cruzeiro e pelo visto será assim no Palmeiras. O Palmeiras atual é um time ridículo, que depende exclusivamente das cobranças de falta do veteraníssimo Marcos Assunção, diria que se não fosse pela competência desse jogador, o Palmeiras estaria numa posição muito pior.
O Palmeiras é um clube grande do futebol brasileiro e é assim que os seus torcedores e principalmente os seus dirigentes devem pensar, mais que isso, devem agir como responsáveis de uma instituição gigantesca que é a sociedade esportiva Palmeiras, investindo nas catagorias de base, no departamento amador, contratando jogadores de qualidade, finalizando as obras do novo Palestra Itália, parando de apostar em jogadores medíocres e em treinadores badalados e caros, que não oferecem nenhum retorno técnico ao clube. Espero, como um admirador do futebol brasileiro, que o Palmeiras retome o seu caminho de vitórias, assim como foi nos seus momentos de glória e que volte a se impor como clube grande que sempre foi.
Por: Otávio Camilo
Edição: Vanessa Cabral

falou tudo Otavio...o palmeiras realmente não tem um time competitivo nem um arranjo técnico, organização e tática de jogo. fico me perguntando até que ponto um treinador pode influenciar em um time!?!..Me lembro do Joel Santana quando assumiu o flamengo em 2007 na zona de rebaixamento e terminou o campeonato em 3, com um time feio no qual tinha o souza(atual atacante do bahia) como esperanças de gol.Por outro lado pego o Murici q pegou um time arrumadinho do santos, no qual o dorival fez um excelente trabalho no meu ponto de vista, e conquistou a libertadores. Será que tem como dimensionar essa coisa de treinador e time??é um conjunto??...
ResponderExcluirabraço