Na manha deste domingo(18), o mundo da bola mais uma vez foi homenageado, contemplado por mais uma exibição de gala do maior time de futebol que já existiu na história, o Barcelona. Simplesmente não houve jogo entre Santos e Barcelona, não houve um duelo acirrado, tenso, emocionante, características que sempre fazem parte das grandes decisões no futebol. O que houve hoje no estádio de Yokohama, foi uma aula de futebol, como se o clube catalão não fosse formado por jogadores, e sim por professores, contra um time de garotos que ainda tem muito a aprender. O que vimos hoje no Japão foi apenas á confirmação do óbvio, ou de qualquer prognostico feito com o mínimo de bom senso, sem patriotadas idiotas ou ufanismos de tolos que não acompanham ou não entendem do esporte que gostam.
Massacre, talvez essa seja a palavra mais adequada nesse momento para caracterizar o que foi a final do mundial interclubes, entre Santos e Barcelona. Desde o inicio, o Barcelona implementou, ou melhor, impôs o seu estilo ao adversário, com o seu toque de bola característico e envolvente, sua categoria já conhecida e a pressão na campo de defesa adversária, não oferecendo a menor possibilidade para que o bom time do Santos de Neymar, pudesse reagir. Como dizem no linguajar do jogador de futebol, o Barcelona colocou mais uma vez o adversário na “roda”, o Santos se contentou em ser apenas um privilegiado espectador, tendo a oportunidade rara de estar diante de um time que certamente entrará para a história desse esporte. Imagino e espero que o torcedor santista não esteja triste com o resultado, e sim pela apatia de alguns de seus jogadores, como a do badalado e superestimado Paulo Henrique ganso, que irrita profundamente ao insistir em demonstrar uma elegância e categoria a cada simples passe de lado, sem acrescentar absolutamente nada nos últimos tempos á seu time.
“mais que um clube”, essa é a frase estampada no meio do estádio camp nou, do Barcelona, e que sempre foi referida ao clube catalão. Confesso que na minha visão de brasileiro, sempre considerei essa frase como mais uma atitude de arrogância e soberba de um clube rico europeu, porem, aos poucos, nós brasileiros passamos a acompanhar com mais atenção e, percebemos que há sim um fundo de verdade nessa frase que norteia o pensamento do clube catalão.
Realmente o Barcelona é muito mais que um clube rico e que possui um time recheado de grandes nomes do futebol mundial, o que há de diferencial nesse clube é a sua filosofia de jogo, que remete ao estilo do “carrossel” holandês, dos anos 70, que encantou o mundo. Foi justamente o protagonista desses áureos tempos de laranja mecânica, quem implementou na mente e no espírito do jogador e torcedor barcelonista, essa filosofia, o grande Johan cruiff.
Sob o comando de Johan cruiff, primeiro como jogador, e posteriormente como treinador, o Barcelona por inteiro, tanto no time principal, como na sua base, as famosas “canteiras”, passou a jogar a partir de um estilo definido, o estilo da posse de bola, trocas de passes á exaustão, pressão forte no campo de defesa do adversário, tal qual a sua referencia, o “carrossel holandês”. Principalmente a partir dos anos 90, o Barcelona se transformou em um dos maiores clubes do mundo e referencia de bom futebol para todos.
Não tenho duvida alguma, que estamos diante do maior time da historia do futebol, uma junção perfeita entre filosofia, entrosamento de muito tempo, e talentos esplendorosos, como: o maestro Xavi, talvez o grande cérebro dessa equipe, e principal responsável pela proposta de jogo do time. Andres Iniesta, jogador talentosíssimo e talvez o maior jogador da história da Espanha. E o super craque Lionel messi, um verdadeiro “monstro” do futebol, que está prestes a conquistar pela terceira vez consecutiva o premio de melhor jogador do mundo, e que certamente estará ao termino de sua carreira, habitando entre os mitos da historia do futebol
Recomendo a todos que gostam, e assim como eu, acham que o futebol possa ser confundido com a arte em certos momentos, que apreciem com muito carinho esse fenomenal time do Barcelona, pois, estamos diante de um time histórico, de uma nova grande revolução do futebol. Viva o futebol arte, viva o Barcelona.
Por :Otavio Camilo

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