terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O fim da maior Ditadura do futebol brasileiro

           Depois de mais de duas décadas, finalmente parece estar chegando ao final a maior Ditadura da história do futebol brasileiro, o fim da era Ricardo Teixeira. Essa noticia, que começou como um mero boato, está sendo divulgada por vários meios de comunicação em todo o país, onde afirmam categoricamente que o cartola-mor do futebol renunciará dos cargos que ele ocupa atualmente, o de presidente da CBF, e o de chefe da organização local para a copa de 2014 (COL).
Ricardo Teixeira assumiu o posto de comandante da Confederação Brasileira de Futebol no longínquo ano de 1989, por intermédio de seu “padrinho”, o ex “todo poderoso” da FIFA, o senhor João Havelange. Depois de muitos anos à frente da entidade, o senhor Teixeira conseguiu alguns méritos em sua gestão. Sob seu comando, a CBF deixou de ser endividada e passou a ser uma das mais ricas federações esportivas de todo o mundo, muito em função dos esquemas organizados por esse cidadão, como por exemplo: a venda da seleção brasileira a empresas estrangeiras, jogos caça níqueis e também a contratos milionários com a fornecedora de material esportivo, NIKE. Além disso, foi sob a batuta de Ricardo Teixeira que o Brasil voltou a triunfar em uma Copa do Mundo, depois de um longo jejum que durou vinte e quatro anos. Mas obviamente que seus méritos esportivos são completamente ofuscados pelos inúmeros casos de corrupção em sua longa administração. Casos de nepotismo no preenchimento de cargos na CBF, contratos escusos com a NIKE e a famigerada CPI da bola, quando Teixeira pagou propina a parlamentares da bancada da bola para defende-lo das acusações a que estava sendo submetido, foram apenas alguns casos de prevaricação que surgiram durante todo esse período.
                  Ainda estamos nos acostumando com a nossa jovem democracia, e o universo paralelo que vive o nosso futebol, devido a ditadura imposta pelo Ricardo Teixeira, nada mais é do que um resquício do que vivemos até pouco tempo atrás na Ditadura militar. Infelizmente esse aspecto negativo de uma das nossas principais paixões, o futebol, não é um privilégio do nosso povo. Ricardo Teixeira, Julio grondona, presidente da AFA (Associação Argentina de Futebol), e o paraguaio Nicolas Leoz, responsável pela Conmebol, assumiram o poder na época em que seus respectivos países não realizavam eleições diretas, e juntos somam setenta e nove anos de comando no futebol da América do sul.
                  Confesso a todos, que pelo menos a curto prazo, já não tinha mais esperanças de ver a queda daquele que considero o mais nefasto cartola da história do esporte brasileiro, mas velhas denúncias comprovadas e mais algumas que surgiram, parecem que finalmente abalaram o sempre arrogante e soberbo dirigente, a ponto dele cogitar a possibilidade de renunciar ao posto onde ele se perpetua há tanto tempo.
                  Estamos evoluindo em todos os sentidos, enquanto o futebol ainda continua sendo o relicário dos facínoras de plantão. No entanto, pelo menos no nosso caso, a Ditadura desse canalha parece que finalmente terá o seu desfecho. Infelizmente, o Ricardo Teixeira, do alto da sua impáfia, jamais imaginou que acontecesse com ele aquilo que sempre acontece com toda e qualquer forma de Absolutismo do mundo: ela acaba! Mesmo que ela dure vários anos ou várias décadas, todas elas cairão, uma a uma!

2 comentários:

  1. Bom comentário Otavio...só esperamos que não troquem seis por meia dúzia...

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  2. Desculpem amigos eleitores... Não queria desanimá-los mais não vejo esse acontecimento como sinônimo de mudança. Queria passar a vocês um pouco da realidade existente desde a fundação da entidade CBF, assim como toda "quadrilha", uma organização criminosa bem articulada e sistemática, quando se corta uma cabeça nasce outra no lugar infelizmente...
    O problema está na cúpula, e não em uma pessoa somente pois antes de Ricardo Terra Teixeira havia Jean-Marie Faustin Goedefroid de Havelange, e depois dele haverá outros chefões. Infelizmente a CBF é uma organização independente da gerência política brasileira, eles possuem suas próprias leis e mantém a ditadura até quando os convier mudá-la.
    Então, estamos a espera de um "milagre" por assim dizer, me desculpem pelo meu ponto de vista mais procurei expressar o que sinto, uma indignação de um amante do futebol.

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