MELHOR QUE PELÉ?

Nesta quarta feira (7), o Barcelona se classificou para as quartas-de-final da Liga dos campeões da Europa, após derrotar o Bayer leverkusen, por um humilhante 10 á 1, no placar agregado. O jogo disputado no Camp nou, foi um verdadeiro espetáculo, protagonizado pelo Argentino Lionel messi, que se tornou o primeiro jogador na história do torneio a marcar cinco gols em uma mesma partida.

 Me senti privilegiado! Sentado na simples poltrona de minha casa, tive a oportunidade de presenciar uma obra prima, algo que transcende o mero ato de jogar futebol. O argentino de 1.68 m de altura desafiou gigantes! Como se estes fossem meros ratinhos amedrontados, sob a perspectiva de serem devorados por um leão enfurecido. Os alemães estavam anestesiados, abobados, atordoados diante da magnitude de um verdadeiro fenômeno, daqueles que surgem nesse mundo depois de várias eras de nossa existência

O Messi é soberbo! Ver esse fantástico atleta em ação talvez fosse como ir a um recital de Bach ou Beethoven, ou quem sabe presenciar em loco ao exato momento em que o Leonardo da Vinci esteja pintando um quadro, ou até mesmo poder observar o Michelangelo esculpindo uma de suas obras.

Finalmente encontrei em um jogador o sentido da famosa frase: futebol arte. Confesso que sempre me questionei a respeito dessa máxima que ronda esse esporte, mas ontem pude finalmente compreender o seu significado. O futebol pode sim se confundir com a arte! Se transformar nela em determinados momentos, nos pés de alguns poucos escolhidos, que obtém o maravilhoso poder de misturar de forma tão natural esses dois segmentos, que eu considerava tão distintos.

O que antes era impossível, principalmente para os nostálgicos de plantão, parece que a cada dia que passa se torna mais palpável, e a pergunta se torna mais recorrente: enfim, surgiu um novo rei no futebol? Finalmente apareceu alguém de tamanha qualidade a ponto de destronar aquele que reina soberano no futebol, á tanto tempo? É uma pergunta de difícil resposta. O que posso fazer é apenas emitir o meu desejo: queria muito que o Messi destronasse de uma vez por todas esse “rei” soberbo, midiático e político, que envergonha a todos os seus súditos, com atitudes vergonhosas, que não lembram em nada o fascinante jogador que foi dentro de campo, o grande rei Pelé.

             O que mais é necessário o Messi fazer para entrar no panteão dos melhores jogadores de todos os tempos? Quem sabe ganhar uma copa do mundo? Talvez vencer mais cinco vezes seguidas o prêmio de melhor jogador do mundo? O que mais necessita fazer um jogador de apenas vinte e quatro anos, que já conquistou três vezes a liga dos campeões da Europa, foi eleito em três oportunidades como o melhor jogador do mundo, e está prestes a se tornar o maior artilheiro da história de um grande clube, como o Barcelona? Aconselho a todos que deixem essas discussões cretinas em segundo plano, isso não interessa! O que nos cabe é apenas apreciar, contemplar a obra de um gênio, pois não tenho dúvida, que assim como os outros da sua estirpe, sua ausência nos deixará uma enorme lacuna.