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| Fonte:placar.abril.com.br |
A apaixonada torcida do Esporte clube Bahia está em festa. Após 11 anos de jejum, o esquadrão de aço finalmente voltou a conquistar o campeonato estadual. O título, o 44ª de sua história, veio depois de um empate por 3 a 3 com o rival Vitória na segunda partida da decisão do certame, a primeira havia terminado em 0 a 0. O jogo de ontem foi disputado no estádio de Pituaçu.
Parafraseando uma das peças teatrais mais famosas do escritor Fernando de Melo, “Greta Garbo, quem diria, acabou no Irajá”. Então, quem diria, Paulo Roberto Falcão, foi parar em Salvador.
Vejam só como é a natureza, como diria o grande Zé Trindade, pois não é que o rei de Roma se tornou o rei da Bahia.
Falcão sempre foi conhecido pela sua elegância. Jogava sempre de cabeça erguida e peito estufado. Garboso e majestoso, tal qual um Falcão peregrino.
Nos pampas gaúchos foi amado e reverenciado, mesmo sem ainda possuir qualquer título de nobreza. Mas, na Itália, ele foi além! Conduziu uma equipe mediana a uma conquista histórica, que há muito tempo não acontecia. Foi rei sem usar coroa, foi César sem a denominação.
“Dai a César o que é de César”. Foi tratado sempre com toda pompa e circunstância auferido a um monarca. Possuiu súditos, freqüentou os mais belos palácios e, finalmente, foi comandante de uma seleção que, assim como ele, também sempre foi coberta de todos os louros e honrarias.
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| fonte:blogdojuca.uol.com.br |
Tornou-se um rei do povo! Abandonou as togas, túnicas e os ternos de Armani. Despregou-se da comodidade do seu trono e de seus comentários na toda poderosa Rede Globo, e foi à luta.
Recebeu um golpe para soberano nenhum botar defeito. Foi renegado pelo seu povo, rejeitado pela mesma plebe gaúcha que sempre o aplaudiu.
Traumatizado com a traição dos seus antigos súditos, exilou-se no seu refugio. Ferido e desenganado, aguardou o momento em que as glórias retornariam.
A vida nos surpreende a todo o momento e, não seria diferente com Paulo Roberto Falcão. Quem poderia imaginar que, o antes rei de Roma, fosse readquirir sua designação justamente na mais brasileira de nossas terras, a Bahia.
Deixou de ser rei, agora é meu rei. Aboliu suas vestes reais, e aderiu à boa e velha camiseta regata. Parou de ir a bailes de mascaras e festas de bacana, passou a pular carnaval e cair na micareta. Ô, Ô, Ô... Falcão é o rei do Pelô.


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