Bebeto e Ronaldo, dois
jogadores conhecidos, reconhecidos e aclamados por todo e qualquer torcedor
brasileiro. Enquanto estiveram em atividade foram brilhantes, tendo a técnica e
o talento sempre aos seus lados. Um deles foi ídolo de quase todos os grandes
clubes cariocas e coadjuvante primordial na conquista do tetra campeonato
mundial. O outro se tornou uma lenda; virou ícone no mundo inteiro e referência de inspiração e superação. Foi o maior atacante de uma
geração e carregou durante toda a sua trajetória um apelido que se confundiria
com ele mesmo, fenômeno do futebol.
Ambos abandonaram suas carreiras e, infelizmente, decidiram
meter um bico em seus currículos e dar de canela rumo ao retrocesso.
Enveredaram pela política e, para nosso total desalento, interpretaram a
palavra no que há de pior em sua essência. Demagogos, cínicos e companheiros
dos piores corruptos do esporte. Lamentemos todos nós!
Pois bem, meus amigos, a realidade nunca é tão agradável como
aquelas benditas quatro linhas de um campo de futebol. Vivemos em um mundo
real. Fora dos gramados, grandes heróis são apenas homens, e algumas atitudes
nem sempre são tão festejadas com o louvor de um gol de placa.
O Bebeto (jogador) é lembrado com nostalgia pelos órfãos de
sua maestria. Nos embalou com seus gols de voleio e suas cobranças de faltas
precisas, assim como fez quando nos emocionou com sua homenagem ao seu filho
recém nascido. Como pessoa, o Bebeto nem de longe consegue nos empolgar como
fazia em seus tempos áureos, parecendo mais um legítimo bobo da corte. Um grande tolo e alienado, daqueles que, sem nenhuma cerimônia, seria capaz de apertar a mão de
Deus e do Diabo ao mesmo tempo. Ingênuo, e declamador de frases sem nenhum
efeito. Esse é o verdadeiro Bebeto.
Ao contrario de seu aliado de organização, o Ronaldo sempre
foi considerado uma pessoa inteligente e comedida. Sua carreira dispensa
qualquer tipo de comentário, mas sua postura fora do seu ofício sempre foi a
mais inadequada. Polêmicas e alianças constantes com poderosos e cartolas nefastos,
sempre foram características do homem Ronaldo. Fenômeno midiático e do
besteirol.
É uma pena que dois ex-atletas dessa magnitude tenham que se
prestar a papéis tão lamentáveis: serem marionetes e garotos de recado da “dona
FIFA” e dos seus canalhas. Que bom seria se tivéssemos em nosso futebol ídolos
que possuíssem condutas dignas, tanto dentro como fora de campo. Mas, por
enquanto, teremos que nos contentar com príncipes e reis de araque, fenômenos
de idiotices e craques imaginários. Pobre futebol brasileiro! Muito talento,
demasiada corrupção e um punhado de ilusões.
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