Nesta sexta-feira (27),
aconteceu a cerimônia de Abertura das Olimpíadas 2012. “O maior espetáculo da
Terra” — como os Jogos Olímpicos são chamados. Durante os 17 dias de competições, cerca de 10 mil atletas,
de mais de 200 países, serão protagonistas do grande evento. O Brasil conta com
259 atletas e, apesar de alguns desfalques de última hora, mantém a expectativa
de ao menos igualar a quantidade de medalhas de Pequim 2008: 15, sendo três de
ouro, quatro de prata e oito de bronze.
Não poderia haver um local
mais adequado para a criação do apogeu do esporte como o berço da civilização e
da cultura, a Grécia. Terra de filósofos e poetas. Alguns dizem que o próprio
Zeus a concebeu, mas prefiro acreditar que meros mortais a tenham idealizado. Em
um mundo dominado por guerreiros e guerras incessantes, nasce uma fina flor,
uma fagulha do que realmente é divino, o homem em junção com seu intelecto. Por
um determinado período, sangue só seria jorrado pelo vigor dos competidores. Batalhas
seriam travadas, o regozijo, porém, não era a morte, e sim os louros. Ilíada e
Odisséia, poemas que exaltam o heroísmo épico e a paixão sangrenta do ser
humano. Os gregos e sua cultura bélica. Nenhum poema pode ser mais belo do que
aquele que louva o amor e a vida.
Jogos e poesia: um legado helênico.
Um evento, um ato sublime, uma
só nação. Sob o calor da chama sagrada não existem raças, credos ou
preconceitos. Todos convergem num só povo. Cristãos, ateus, budistas... Não importa
a religião! Todos sorriem e compartilham da mesma união. Por instantes impera a
paz.
Entre argolas coloridas,
homens e mulheres cultuam o corpo e a mente em busca da perfeição. Disputam e
confraternizam. Superar limites é o principal objetivo.
Exaltação dos sentidos e busca
pelo triunfo. Emoção que corre, salta, dança, vibra, contagia. Jogos da
temperança. Transporta para a pátria o fogo da esperança.
Magnificência nos atos e nos
meneios. Um homem arremessa, ultrapassa obstáculos, combate. Guerra e paz. Perfeito
paradoxo, uma ode a contradição.
Jogos de luzes, de cenas. Teatro
da imaginação humana. Glória refletida no brilho dourado. No palco da vida, vencidos
e vencedores ocupam o mesmo espaço. Não existe derrota, só o inesperado. Aos campeões,
a honra consagrada pela eternidade. Aos fracassados, a redenção perspicaz do
tempo.
Quebrar barreiras, superar
fronteiras, enganar o destino. O esportista é guerreiro simbólico a lutar. Se Sobrepõe
nas quadras, no campo, nas águas... No espaço onde é colossal. Nem mesmo Homero
seria capaz de inventar algo tão singular.
Obra dramática. Em teu solo
habitam artistas e heróis. Gênios são revelados e mitos enaltecidos. Esforço recompensado!
Peso da medalha que arde na pele. Contemplação do talento, do suor e do amor. Que
comece o maior espetáculo da humanidade.
Massa Otávio. Excelente ponto de vista. Na minha opinião, é que nas Olimpíadas mesmo com enormes diferenças técnicas entre os países, o simples fato de estarem todos, independente da nação faz desse evento, algo sublime de se assistir, torcer e pq não, imaginar como será qnd o Brasil sediar a Copa e a Olimpíada. E as comparações são inevitáveis.
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