No dia quatorze de abril, do longínquo ano de 1912, dois fatos marcariam o mundo! Cada um com a sua devida proporção e singularidade. Foi nessa data, ainda no inicio do século vinte, que ocorreu o naufrágio do mítico transatlântico, Norte-Irlandês, Titanic. E aqui no Brasil, surgiria das águas do litoral paulista, o grande, Santos futebol clube.
Futebol arte- termo criado para designar o esplendor desse esporte, a magia, o encanto e a beleza das jogadas, que alçam o futebol a um patamar muito superior ao de uma mera prática esportiva, a ponto de ser comparado com uma das maravilhas criada pela humanidade.
E quem no Brasil pode representar de forma tão fidedigna esse termo? Que clube honrou e praticou de forma tão sublime esse subjetivo modo de se analisar o futebol, e que norteia os apaixonados futebolísticos, desde seus primórdios, além desse simpático clube da baixada santista?
Santos e arte viraram sinônimos, inseparáveis durante esse século, que foi pautado pelas conquistas, glórias, soberania, reis e súditos. O Santos é único! Que outro clube pode se vangloriar de ter conquistado três libertadores, dois mundiais e oito títulos brasileiros? E que outro time pode ostentar em sua galeria de craques, a presença de um rei e de vários postulantes ao trono de vossa majestade?
A arte é intrínseca ao Santos, algo que está em sua essência, no DNA de todos aqueles que compõem esse clube que se transformou em uma verdadeira ode a classe, a beleza e a perfeição.
A vanguarda é a sua característica histórica, o jogo bonito é o seu principio, e o talento, a sua arma para amedrontar e impor as vitórias sobre seus adversários.
Gerações e mais gerações cumpriram a risca esses mandamentos e são provas cabais de que essa máxima não é um simples ufanismo ou cretinos devaneios. Durante sua centenária existência, o Santos produziu reis, príncipes, crédulos, pagãos e dezenas de fantásticos meninos da vila, que simbolizam como ninguém, o verdadeiro futebol arte.
Gerações inesquecíveis:
Era dourada: Sim, esse é o santos de Pelé. Essa alcunha da qual ficou conhecido o maior time da história do clube e um dos maiores de todos os tempos.
Certamente, o santista mais fanático ou mais nostálgico, lembrará de um quinteto famoso e que se transformou quase numa espécie de oração, para os mais apaixonados: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. Essa era a lendária linha de frente que aterrorizava toda e qualquer defesa, que por desventura do destino estivesse diante de todos esses “monstros sagrados”, do alvinegro praiano.
Segunda geração de meninos da vila: Depois de uma fracassada tentativa de investir em jogadores mais consagrados e no ocaso de suas carreiras, o Santos voltou a apostar em uma prática tradicional e que alçou o clube a um patamar de grande potência do futebol brasileiro, a revelação de novos “meninos da vila”. Seguindo o exemplo da primeira dessas safras, o time dos anos oitenta, que possuía nomes como: Pita, João Paulo, Nilton Batata e Juary.
Foi então que surge na Vila Belmiro, o nome de um treinador que estava em baixa no mercado, o sempre “linha dura”, Emerson leão. Através de suas mãos, ascendem ao futebol uma nova geração de jovens talentosos e, completamente descomprometidos com a obrigação de resultados.
Conduzidos por um dos inúmeros candidatos a novo rei da vila, o “negrinho de pernas finas”, Robinho, e o ainda adolescente, Diego. Além de excelentes coadjuvantes, como: Renato, Alex, Elano e Léo. O time conseguiu importantes e improváveis resultados. Como por exemplo: dois títulos brasileiros (2002 e 2004) e o vice-campeonato da Libertadores, no ano de 2003.
Terceira geração: surgimento de Neymar: Quando todos imaginavam que a fábrica havia cessado, surgem na baixada, as duas maiores revelações dos últimos anos, no futebol brasileiro: o clássico meia, Paulo Henrique Ganso, e o novo “príncipe”, da Vila, o craque, Neymar.
Guiado pelo talento desses fulgurantes e excepcionais jogadores, o clube praiano retomou o caminho de glórias antigas, repetindo grandiosos feitos que, eram exclusivos apenas da “era Pelé”, ao conquistar depois de mais de quatro décadas, o título da Libertadores, no ano de 2010. Além dessa conquista, o time faturou torneios de menor expressão, como: dois estaduais e a Copa do Brasil.
Análise final:
Apesar de não ser santista, respeito e concordo com algumas particularidades desse clube. Acredito que o Santos dignifica fielmente o título que lhe foi auferido, de ser o time que sempre praticou com regularidade, o futebol arte. A sua história encantadora é prova inequívoca disso.
Agora quem dá bola é o Santos! Assim como diz o seu belo hino, o momento é de vocês torcedores santistas. Curtam cada momento dessa festa e relembrem com muito carinho essa grandiosa história, construída a base das características mais notáveis que podem existir no futebol. Viva a arte, viva o Santos futebol clube!




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ResponderExcluirA superioridade Santista em épocas de outrora é inquestionável, assim como o galáctico Real Madri de Di Stéfano e Puskas, o Benfica do temido Eusébio e o Seguro Peñarol de Mazurkiewicz e Pablo Forlán, esse bem conhecido pelos são paulinos nos anos 70 e pai do também craque Diego forlán. Esses clubes eram na minha opinião os 4 grandes da época.
ResponderExcluirO poderio ofensivo santista arrancava suspiros e faziam seus adversários tremerem dentro de campo. Aqui no Brasil, o Santos reinava soberanamente mesmo contra times excepcionais como Botafogo, Palmeiras e São Paulo.
Depois de muito tempo, os meninos da vila encantaram os brasileiros com seu talento e intimidade com a bola, tinham um time equilibrado, com um bom entrosamento e possuía na frente jogadores que faziam a alegria dos torcedores, mas infelizmente por precipitação do clube foram embora cedo demais.
Já hoje, com o surgimento de Neymar e Ganso o Santos retoma o gás novamente, mais diferentemente de Diego e Robinho, o Santos de hoje não possui o equilíbrio necessário para manter o time à altura desses dois talentos, com isso, as especulações crescem constantemente sobre a saída deles para clubes europeus, dos quais dizem ser imprescindíveis para o amadurecimento dos jogadores.
Enquanto jornais anunciam antecipadamente o acerto de Neymar para o Barcelona, o clube catalão teria enviado uma quantia antecipada para assegurar sua ida, antes ou depois da copa de 2014. Já Ganso, não consegue desde o ano passado manter a regularidade de jogos devido a constantes contusões, uma lástima para amantes do futebol que mantém as esperanças de vê-lo ainda seguindo o mesmo caminho de seu compatriota.