quinta-feira, 17 de maio de 2012

Profissionalização dos árbitros de futebol: fim dos erros?

               A câmara dos deputados votou nesta quarta feira (16) a regulamentação da profissão dos árbitros de futebol, que tramita a mais de uma década. Esse projeto de lei, apresentado por André Figueiredo, líder do PDT, prevê sanções penais para árbitros que participarem de manipulações de resultados ou esquemas fraudulentos.
               Árbitro de futebol- figura polêmica e que remete a mais absoluta aversão. Quem em sã consciência pode querer ser árbitro?
               Desafortunado, inglório e desgraçado. Criminoso sem crime, julgado sem sentença e culpado, mesmo sem possuir o dolo.
               Portador da má noticia.  Causador do desespero e das lamentações de milhares.
               Não temos o menor respeito por ele. Que atire a primeira pedra aquele que nunca o chamou de ladrão, ou xingou com veemência a senhora mãe dele. Definitivamente, odiamos o árbitro.
               É um ser completamente estranho ao espetáculo. Seus trajes são negros, pois representam o luto que, certamente, ele causará. Em sua boca usa um estridente apito, que emite um som infernal, no qual se converte em uma verdadeira arma para nos massacrar.
               Quando ele acerta, é vaiado pelas vitimas de sua maldita correção. Quando ele erra, não queremos menos que sua cabeça em uma bandeja de prata.
               Tem como função básica a de ser um mero mediador do jogo, mas durante séculos foi chamado de juiz. Essa designação lhe foi auferida pelas próprias singularidades do esporte, que o transformaram em uma autoridade incontestável, firme e punitiva.
               Desatino, estupidez ou paixão pela desventura, o que faz alguém ambicionar ser árbitro de futebol?

ANÁLISE SOBRE AS MUDANÇAS NA ARBITRAGEM:
            Não fazia o menor sentido a não regularização da profissão de árbitro. Considero que, pelo menos em médio prazo, os erros tenderão a diminuir, pois os “novos profissionais” se dedicaram exclusivamente ao futebol.
               Atualmente, os árbitros trabalham como freelancers, ou seja, são remunerados através de cachês, a cada partida apitada. Esse fato representa uma falta de estimulo e foco ao seu oficio. Pela falta de reconhecimento profissional, todos os árbitros possuem uma atividade paralela, para poderem se sustentar dignamente, sem ter que sofrerem com as comuns oscilações que são impostas a eles.
               Não sou adepto da tecnologia no futebol! Acho que os erros fazem parte do jogo. O que todos nós esperamos é que eles sejam minimizados. E, isso só acontecerá quando esses verdadeiros abnegados, possuírem os recursos necessários para chegarem perto da excelência: treinamentos diários, remuneração mensal e apoio das confederações.

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