Ontem (2), o Real Madrid se
sagrou campeão espanhol pela 32ª vez, ao derrotar o Athletic de Bilbao, por um
acachapante 3 a 0, fora de casa. Com o título, os galácticos quebraram a seqüência
do seu arqui-rival Barcelona, que havia conquistado três troféus consecutivos.
Como já dizia alguns teóricos de
economia, política, ecologia e, até mesmo, professores da bola, ou filósofos de
qualquer botequim de esquina, o equilíbrio é o principal fator para o bom
andamento de qualquer segmento que envolva os seres vivos. Utilizando-se dessa
máxima para o universo futebolístico, tentarei encontrar aspectos positivos e
negativos diante da falta desse termo.
Vejamos o exemplo da consagrada Liga
das estrelas, o campeonato espanhol:
Entediante, maçante, estafante! Escolham qualquer adjetivo
que remeta ao mais absoluto tédio, e caracterizarão de maneira precisa o que é
de fato o Campeonato espanhol.
Como não poderíamos achar monótono um certame onde a
diferença entre o segundo e o terceiro colocado são de 29 pontos? E como
poderíamos nos entusiasmar com a incrível disparidade técnica existente entre
as duas superpotências Real Madrid e Barcelona, em relaçao aos seus rivais?
Agora tentemos ver o lado positivo do Campeonato espanhol.
Que tal encará-lo como um dueto teatral?
Um espetáculo protagonizado por
dois grandes artistas que, possuem todos os louros e glórias para si, e são
apenas contemplados e aplaudidos pelos pobres e desafortunados mortais da
platéia, que por triste desventura do destino, tenham que enfrentá-los e, logicamente, serem massacrados.
Nessa temporada, sentamos
confortavelmente nas nossas poltronas e vimos todos os ingredientes que são
necessários para termos uma grande peça teatral: bons atores, história
envolvente, cenas improvisadas de diretores ou técnicos e, principalmente, a
satisfação garantida do espectador.
Obviamente que como bom espetáculo teatral, temos o
privilégio de ver alguns grandes artistas desfilarem o seu talento nos palcos
verdes da terra das touradas.
Somos testemunhas de um sensacional duelo entre os artistas
da bola, Messi e Cristiano Ronaldo. Ambos batendo recordes e mais recordes a
toda nova rodada e fazendo gols aos borbotões, com a mera rapidez de um
entreato.
Como bons “brasileirinhos” que somos, continuaremos assistindo
e aplaudindo esse maravilhoso espetáculo protagonizado pelos ricos e
poderosos, onde não exista sequer a atuação de coadjuvantes. Uma salva de
palmas ao capitalismo e ao imperialismo!


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