quinta-feira, 3 de maio de 2012

Campeonato Espanhol: Um dueto teatral


        
                Ontem (2), o Real Madrid se sagrou campeão espanhol pela 32ª vez, ao derrotar o Athletic de Bilbao, por um acachapante 3 a 0, fora de casa. Com o título, os galácticos quebraram a seqüência do seu arqui-rival Barcelona, que havia conquistado três troféus consecutivos.
 Como já dizia alguns teóricos de economia, política, ecologia e, até mesmo, professores da bola, ou filósofos de qualquer botequim de esquina, o equilíbrio é o principal fator para o bom andamento de qualquer segmento que envolva os seres vivos. Utilizando-se dessa máxima para o universo futebolístico, tentarei encontrar aspectos positivos e negativos diante da falta desse termo.

Vejamos o exemplo da consagrada Liga das estrelas, o campeonato espanhol:

Entediante, maçante, estafante! Escolham qualquer adjetivo que remeta ao mais absoluto tédio, e caracterizarão de maneira precisa o que é de fato o Campeonato espanhol.
Como não poderíamos achar monótono um certame onde a diferença entre o segundo e o terceiro colocado são de 29 pontos? E como poderíamos nos entusiasmar com a incrível disparidade técnica existente entre as duas superpotências Real Madrid e Barcelona, em relaçao aos seus rivais?
Agora tentemos ver o lado positivo do Campeonato espanhol. Que tal encará-lo como um dueto teatral?
              Um espetáculo protagonizado por dois grandes artistas que, possuem todos os louros e glórias para si, e são apenas contemplados e aplaudidos pelos pobres e desafortunados mortais da platéia, que por triste desventura do destino, tenham que enfrentá-los e, logicamente, serem massacrados.
 Nessa temporada, sentamos confortavelmente nas nossas poltronas e vimos todos os ingredientes que são necessários para termos uma grande peça teatral: bons atores, história envolvente, cenas improvisadas de diretores ou técnicos e, principalmente, a satisfação garantida do espectador.
Obviamente que como bom espetáculo teatral, temos o privilégio de ver alguns grandes artistas desfilarem o seu talento nos palcos verdes da terra das touradas.
Somos testemunhas de um sensacional duelo entre os artistas da bola, Messi e Cristiano Ronaldo. Ambos batendo recordes e mais recordes a toda nova rodada e fazendo gols aos borbotões, com a mera rapidez de um entreato.
Como bons “brasileirinhos” que somos, continuaremos assistindo e aplaudindo esse maravilhoso espetáculo protagonizado pelos ricos e poderosos, onde não exista sequer a atuação de coadjuvantes. Uma salva de palmas ao capitalismo e ao imperialismo!


Por: Otavio Camilo

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